E daí se penso assim?
E daí se penso assado?
Mas o que tenho dentro de mim
Será o meu maior legado
O que penso e guardo em mim
Faz meu ser humanizado
Nem se juntar todo o “dim dim”
Será eterno o que é objetivado
O que fica, isso sim
Em meu peito está guardado
Ninguém tira isso de mim
Não é queimado, nem rasgado
É defesa, é mal traçado
O que tenho de arlequim
Faz de mim um ser forjado
Prefiro o que tenho de Serafim
O que me faz um ser dotado
Pode até parecer chinfrim
É o que não pode ser comprado
É intenso e vivo como carmim
Não está embrulhado
Em fita de cetim
É seguro, como nó atado
Expande, não tem confim
Contradição? Foi objetivado
Nestas linhas que chegam ao fim
Penso no amor conquistado
Que não é mensurado
O que há de valor em mim
Isabel de Assis Fonseca, 15/9/2005.


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